quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eu (+) Eu



Eu aqui sentada nesse sofá largo, dois assentos sobrando e uma cerveja solitária. Os ponteiros do relógio antigo da vovó fazem tictac, mas o tempo parece não passar. Acho que eu esqueci de citar, estou usando sua camiseta velha e remendada. Ai, bem do jeito que eu gosto. Levanto de vagar, quase parando, com os pés descalços me dirigo até a mesa de centro, pego uma carteira de cigarro, e volto a me sentar. Abro a cortina, ligo o rádio, mas todas estação parecem tentar chamar teu nome. Meu estomago pede socorro, como se um furacão tivesse passado por ele, e não passou? Até esta carteira de cigarros vagabundos me dá mais atenção que você. Quando eu queria flores tu me ofereceu bebida, quando eu pedi carinho tu me retribuiu com sexo, e quando eu pedi um tempo, tu me respondeu com nunca mais. Meu celular, nenhuma chamada perdida, minhas caixas de email todas vazias. Eu só queria acalmar meu coração dessa desordem, mas o mar parece ficar mais nervoso sem ti. Será que ainda pensas em mim?

2 comentários:

  1. Quando acreditamos que valor da outra pessoa para com a gente nao existe mais, por que deveríamos insistir nela? É melhor nos lembrarmos o que temos de bom e encontrar a força e fé para tomar um novo rumo ;)
    Um beijo !

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  2. Adorei seu texto, sei como é difícil esse sintuação, pois passei recentemente por ela, e sei a dor que é, mas a Daniella tem toda razão.

    se você quiser, dâ uma olhadinha no meu blog?
    www.cr-ana.blogspot.com

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